Algo entre o nada e o tudo. Entre cheio e vazio. Algo entre o eterno e o fugaz. Entre branco e preto.
Mas nunca em cima do muro. Sempre povoado de sentimentos. Com pensamentos e idéias, eternas ou passageiras. Nunca cinza(entre o branco e o preto existem todas as outras cores).
Isso sou eu. Hoje. Amanhã, talvez não mais. Sou um ser humano, estou em constante e permanente evolução.
Ou não.
Faz tempoqueeunão escrevo, e isso é umvício. Assimcomoescrever. Explico-me: escrever é uma artequesó se aperfeiçoa com a repetição, no dia-a-dia. Quantomaisvezes escrevemos, quantomais revisamos e pensamos sobreesseato, maisvontade e idéiasnovas surgem emnossamente. Emcontrapartida, quantomaistempo ficamos semescreverousempensaremalgumassuntoparaescrever, maisdifícil se torna o reinício, a novaidéia, o novotexto.
E é porissoque estou aqui. Comonãome surgiu nenhuma novaidéia - devido ao fato de fazermuitotempoquenão escrevo - me dei contaqueesteeraumbomassuntoparareiniciar esta aventura. Qual o assunto? A falta de assunto.
E essa falta de assunto, tem tomado conta das nossas vidas ultimamente. Emtodos os setores dela. E é porissoque lemos as revistas de fofocas, é pelomesmomotivoque adoramos saberquando a atriztal fez um topless em Copacabana, ouquando o ator marrento discutiu na saída da festa; ouainda, a dança dos namorosentre os globais.
Muitas vezesme sinto umalienígenaquandoencontropessoasquenão tenho muitaafinidadeouque conheço pouco e fico semsaber o quefalar, semterumpapopelomenosprainiciar a interação. Masnão sei atéquepontoisso se deve à falta de assuntodiária de todosou se à minhatimidez e falta de iniciativa. Interessante discussão, os “psi” iriam adorar. Masporenquanto prefiro expor essa minhadúvidaaqui, parameusmilhares de leitores.
Eu sei queessemeutexto pode ser incluído entre os pioresqueeujá fiz, mas vou encara-lo comoumrecomeçoaqui no blog. Estou publicando eleapenasparasacudir a poeira e retornar às letras.
Espero que essa tentativa motive a vinda de novostextos e, espero também, quemais inspirados do queeste!