"...Sin Perder La Ternura Jamás!"

Algo entre o nada e o tudo. Entre cheio e vazio. Algo entre o eterno e o fugaz. Entre branco e preto. Mas nunca em cima do muro. Sempre povoado de sentimentos. Com pensamentos e idéias, eternas ou passageiras. Nunca cinza(entre o branco e o preto existem todas as outras cores). Isso sou eu. Hoje. Amanhã, talvez não mais. Sou um ser humano, estou em constante e permanente evolução. Ou não.

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sexta-feira, 31 de março de 2006

GRE-quem??


Amanhã é dia de mais uma edição deste clássico que representa, pra nós, bem mais do que simplesmente futebol.
O povo gaúcho tem essa necessidade de escolher um entre dois lados, de não aceitar a indecisão. O "em cima do muro", historicamente, não tem vez nestes rincões.
Talvez seja isso que cause repulsa ou algum outro sentimento menos nobre de outros estados em relação ao nosso querido RS.
O gaúcho tem que ser Petista ou Anti-Petista, Chimango ou Maragato, Lima e Silva ou Padre Chagas, Parcão ou Redenção, Republicano ou Liberal, Nativista ou Tchê Music.... Gremista ou Colorado.
E é assim, carregando disputas históricas que os 22 jogadores vão entrar em campo amanhã, carregando na ponta de suas chuteiras a esperança de ambos os lados, onde um gol não será somente um gol, será também a redenção, a chance esperada há tempos de um deboche, uma flauta sobre o adversário.
O time vermelho, atualmente possui uma ampla vantagem, técnica e numérica, pois poderia colocar 3 times diferentes amanhã, com condições iguais de superar o time Tricolor, abalado momentaneamente em função de uma trágica passagem pela segunda divisão. Mas, ao se falar em 2ª divisão, é impossível não lembrar daquela mágica tarde do dia 26/11/05, onde o mundo parou para reverenciar um time frágil, sem um grupo totalmente organizado, calar um estádio(mais uma vez). Tudo estava contra, assim como nos dias de hoje. No papel, o inter é infinitamente superior, a imprensa lança aos quatro ventos que o título já tem dono, assim como a torcida alvi-rubra já vibra com o quinto título consecutivo.
Porém, meus amigos, o motivo do futebol, assim como a política e a religião, serem tão apaixonante é que não podemos explicá-los friamente, racionalmente. É necessário um pouco de paixão, da emoção para aceitá-lo. Cada um tem seus motivos para escolher um lado, cada um tem suas crenças, cada um tem sua ideologia.
E é acreditando nessa emoção, nessa fé, que eu digo: "Quanto maior a árvore, maior a queda".
P.S.: Só volto a escrever na segunda-feira.

terça-feira, 28 de março de 2006

Uma imagem, mil palavras...



Bom, se alguém tem dúvidas de que existe uma força superior, acho que deve parar um pouco e ficar olhando pra essa imagem. Algumas respostas podem ser encontradas.
Foto tirada da janela do meu apto.
P.S.: Valeu Juli!

segunda-feira, 27 de março de 2006

Zero À Esquerda - Edição Zero

Hoje é dia de estréia e, pra não se tornar uma daquelas inaugurações chatas e maçantes, serei curto, não vou me esticar muito nas viagens mentais que liberarei por aqui semanalmente.
...........
Vendo os últimos capítulos da minissérie JK, percebi uma diferença gritante entre os jovens daquela época e os jovens de hoje, dessa nossa geração. Inicia-se pelo fato de que o engajamento político, não o lúdico que acredita em um partido político como a única salvação, mas aquele que acredita em uma ideologia, um objetivo, não existe mais ou, pelo menos, não é percebido nas ruas como antigamente.
Talvez, pensando calmamente, percebamos que os tempos mudaram muito, não existe mais aquela repressão(será?) de meados dos anos 60 até fins dos 80, talvez uma das causadoras da inquietude daquela juventude. Alguns podem dizer que não temos com o que nos preocupar atualmente.
Então eu pergunto: não seria função nossa lutar por uma cidade melhor, antes de lutarmos por um país? Reclamamos muito da violência, da corrupção, dos preços, mas esquecemos, muitas vezes, de fazermos a nossa parte. É justo cobrar direitos e esquecer os deveres?
Muitas vezes nos apegamos de tal forma ao material, ao objetivo capitalista do presente, que esquecemos que não é só isso que nos mantêm vivos. Ou alguém tem uma explicação melhor pra os maiores índices de depressão, suicídio, doenças da história da humanidade? A maioria de nós prefere perder um tanto de saúde trabalhando em excesso, para poder ter um carro do ano ou uma roupa de marca. Com isso, vamos nos tornando alienados do resto, do que importa. O que? As relações humanas.
Bom, eu prometi não me estender muito, ainda mais num dia de estréia.
Mas pretendo ter passado um pouco a minha intenção em escrever por aqui, pelo menos uma vez por semana. A idéia do nome, uma alusão ao nada, ou seja, a ausência, é apenas uma ironia, pois todos nós somos números inteiros, e únicos, no mundo.
E, assim, como números inteiros, acho que devemos pensar um pouco em como poderíamos contribuir um pouco mais pra melhorar o mundo e, talvez dessa forma, não precisemos nos horrorizar vendo documentários como “Falcão – Meninos do Tráfico”, pois eles não existirão.

sábado, 25 de março de 2006

Estréia!

Bueno, hoje é sábado, até nem ia escrever nada por aqui mas mudei de idéia, pois, pretendo iniciar amanhã algo que de alguma forma se assemelhe a uma coluna semanal. Assunto: o que vier a mente, o que estiver inquietando meu ser que me obrigue a transformar em palavras.
Duas coisas:
Primeira - Espero conseguir cumprir meu trato comigo mesmo e escreva uma vez por semana, mesmo!
Segunda - Espero que não saia SÓ bobagens!

Aguardem......

Acho que essa letra, da Zélia Duncan e Pedro Luís diz mais ou menos meu estado de espírito hoje.

Transe de violência,
Vaidade demente,
Guerras à nossa espreita,
Restos à nossa frente,
Que ferramenta
Eu uso pra viver?
Como é que eu faço
Pra ajudar você?
Desligo a TV pra que as crianças
Não achem normal
Todo dia matar, morrer
Mas sobre o futuro, o que eu vou dizer?
Alguém aqui acredita
Que não tem nada com isso?
Será que nada tem vínculo
Tudo é por acaso?
Mas quem é que joga os dados
Deus ou seus diabos?
Quem decide qual o lado abençoado?
Deus ou seus diabos?
Será que nenhum de vocês
Sabe falar português?
Então, em nome da nossa dor
Eu exijo um tradutor
Alguém de carne e osso
Alguém em quem se possa confiar um pouco
Eu quero menos abandono, mais cuidado
Cristo Redentor,
Eu vi seus braços cruzados, tudo é ilusão
Ando pelas ruas tem de tudo, menos solução
Fecho os vidros, fecho a casa
Mas a alma não tem trinco, tá escancarada
Fecho a minha roupa, fecho a minha cara
Mas a alma não tem trinco
Nem defesa, nem nada.

Vai assim mesmo, sem espaço, nem bonitinho, nem nada... Poesia, revolta, nua e crua.

terça-feira, 21 de março de 2006

"O que importa é o sentimento, pouco interessa a roupagem!"


Bueno, hoje acordei um pouco mais pensativo, talvez, fruto de uma inquietude natural que me governa... Que me faz sempre querer um pouco mais das coisas, sempre fazer uma última pergunta quando já não pode mais, sempre questionar algo inquestionável... Mas bem, estava pensando nessa geração de "gaúchos puro sangue", onde só eles têm o direito de serem considerados gaúchos, orgulhosos... Só quem monta no lombo dum potro xucro, ou se sente bem ao passar trabalho.
Que fique claro que não estou criticando, apenas pedindo que consultem seus mestres, seus exemplos, e vejam que, eles, não menosprezam ou excluem os "gaúchos da cidade" que, muitas vezes por não poderem, não vivem no lombo de um cavalo ou pilchado 24 horas por dia.
Mas tá, sem frescura aqui, boto abaixo, uma poesia do Mestre Payador Jayme que deixa tudo o que penso mais claro.

Campeiro e Urbano:

"Irmandade campesina
Um pajador te saluda
Na paisagem macanuda
Desta vida cidadina
"el gaucho" de toda clina
Te diz com autoridade
Pois viveu a realidade
Quer campeira, quer urbana,
Já viveu a campechana
E hoje vive na cidade.

Claro, o que vem pra cidade
Morar numa capital
Acha tudo desigual
E já de vereda estranha
Mas, porém, depois que ganha
Um pouquinho de experiência
Segue na mesma cadência
De jeito do cidadino
Sem nunca perder o tino
E os costumes da querência.

Mas aquele que é nascido
E criado na cidade
Tem sempre curiosidade
Do campo desconhecido
Com seu mundo definido
Pois é fruto do ambiente
Mas é gaúcho igualmente
Por força do atavismo
Que o calor do gauchismo
Vive no sangue da gente.

Não há diferença alguma
Na coragem, no arrojo
Pois se um bebeu apojo
O outro chopp com espuma
A raça pampa é só uma
De um misticismo bem alto
Sofre o mesmo sobresalto
A mesma ânsia sem medo
Salve o guasca do varzedo
E o gaúcho do asfalto!

Chego então à conclusão
Que o gaúcho é o mesmo, igual
Ou no lombo de um bagual
Ou vendo televisão
Ou tomando chimarrão
Mais polido, mais selvagem
Fruto da mesma linguagem
Que trazem de nascimento
O que importa é o sentimento,
Pouco interessa a roupagem!"

Pessoal, não existe fórmula para "medir" o gauchismo. Cada qual tem seu jeito de amar e proteger nosso chão!

domingo, 19 de março de 2006

Bueno, aqui em cima se encontra uma foto que representa um dos passos mais importantes que eu já dei: conquistei meu diploma!!(E minha carteira profissional!!).
Gurizada, acho que só quem já passou por isso sabe a emoção que é estar lá em cima daquele palco, estampando o estandarte máximo do nosso estado ao som de um Chamamé véio flor de campeiro!!
Mas tá, esse momento já passou, vai ficar gravado pra sempre na minha memória, apesar de que bloqueei completamente na hora, fiquei cego, surdo e mudo... de alegria!
Então tá, vo me "quedando" por aqui... Grande abraço!

sexta-feira, 17 de março de 2006

Dom Quixotes, uni-vos!!!

"Atenção, ouve bem mundo triste e cruel: os teus erros eu vou corrigir, tu verás! Todo homem debaixo do céu vai amar, vai sorrir, vai cantar... Eu sou eu, Dom Quixote, senhor de La Mancha. E venho este mundo mudar. E irei por ele em busca de um sonho, até esse encontrar!" Don Quijote de La Mancha - Miguel de Cervantes Saavedra