É muito fácil sentar-se em frente a um computador achando-se o dono da razão e acreditando que tudo o que sai da cabeça são nada mais que verdades absolutas. Mas como saber quais são elas e como distingui-las das mentiras plantadas por nossa confusão mental? São vícios e virtudes que se mesclam a um turbilhão de pensamentos ininterruptos no qual paira aquela sensação de que há algo bom por acontecer, porém a ansiedade não permite que consigamos enxergar o que está, talvez, tão próximo.
Às vezes uma vontade excessiva de realizar algo bom acaba impedindo que o fato torne-se real, “o mito que limita o infinito” (sem trocadilhos infames, por favor). Escrever, por exemplo, é uma coisa tão universal, porém tão subjetiva que acabamos por acreditar que algo que escrevemos é maravilhoso enquanto os outros classificam como medíocre.
“Sei que parecem idiotas as rotas que eu traço” mas, apesar de nem sempre fazer o que é melhor pra mim, nunca faço o que não estou a fim de fazer – longe de mim a arrogância -, apenas acho que no silêncio da madrugada, quando o Sol brilha, somente nós mesmos é que sabemos do que tivemos que abrir mão para chegar até aqui, ou o que passamos para ter a consciência de vida (ou a falta dela) que temos e, portanto, devemos exigir da vida o que ela exige de nós!
Enquanto escrevo veio uma vontade de falar um pouco sobre mim, porém desisti, pois as pessoas a quem realmente interessa esse texto já sabem suficientemente a meu respeito, até por haver “um mapa dos meus passos nos pedaços que eu deixei”. Talvez ultimamente eu tenha sido só mais um clichê, porém o medo, a ansiedade e, por fim, a esperança nos levam à fantasia, pondo abaixo os muros e as grades que nos separam daquilo que nos trava, permitindo um enfrentamento digno.
Por fim, gostaria de dizer que “roubei alguns versos, como quem rouba pão” de um grande pensador gaúcho, porém destaquei-os entre aspas. Estas frases ajudam a expressar um pouco o que eu queria passar para alguém que, por ventura, venha a ler este monte de palavras soltas ao vento.
Daqui
não tem
mais volta e,
feito frases feitas, espero
que alguém que esteja lendo ache interessante e,
pelo menos, pense
um pouco a
respeito e responda:
onde nos leva a
vida que levamos?
P.S.: Escrevi esse texto em Janeiro de 2006 e encontrei ele há pouco. Acho que tem a ver com o que passo hoje, novamente. Isso acaba confirmando a tese da Márcia, do filme A Partilha, do Tempo e o Vento e tantos outros textos que existem por aí: nossa vida é feita de ciclos. Volta e meia nos deparamos com o reinício deste ciclo. Nos resta aprendermos com o anterior para aplicarmos no recomeço.
O autor das frases que eu reproduzi é o Humberto Gessinger, quem mais poderia ser?
2 Comments:
Acabei de dizer para a Kaká que nascemos um para o outro. Te amo! Adorei o texto, cada ponto, vírgula, aspas, letras...tudo tão bem colocado. Não guarda mais nada não.
Beijo na boca
hehehehe
Não postei antes pq tinha perdido ele....
Mas tu só achou tão bom pq é minha namorada perfeita. Nem tá tudo isso..
Beijão na boca.
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